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19.12.2025 04:50 PM
O BCE está pronto para encerrar completamente o atual ciclo de estímulos monetários

Ontem, o euro reagiu muito pouco à notícia de que o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros inalteradas pela quarta reunião consecutiva.

A taxa de depósito permaneceu em 2%, exatamente como a maioria dos economistas havia previsto. Os formuladores de políticas evitaram sinalizar os próximos passos, reforçando que as decisões continuarão a ser tomadas reunião a reunião, com base nos dados econômicos. Eles também indicaram estar inclinados a anunciar o encerramento do atual ciclo de cortes de juros, em vigor há mais de um ano e meio.

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A decisão do BCE também veio acompanhada de novas projeções, que apontam para um crescimento econômico mais robusto e para o retorno da inflação à meta de 2% em 2028. Essas estimativas sustentam um otimismo cauteloso, ao sugerirem que as medidas de combate à inflação estão se aproximando do fim e que a economia da zona do euro deve permanecer relativamente resiliente a choques externos. Ainda assim, vale destacar que projeções são apenas aproximações do futuro e estão sujeitas a múltiplas incertezas. Tensões geopolíticas, volatilidade nos preços de energia e mudanças nas cadeias globais de suprimentos seguem como riscos relevantes que podem alterar esse cenário.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou a jornalistas em Frankfurt que a instituição voltou a confirmar estar em uma posição confortável. Segundo ela, a decisão de manter as taxas inalteradas foi unânime, assim como o consenso de que todas as opções seguem sobre a mesa.

A maioria dos dirigentes do BCE já deixou claro que não há necessidade de ação imediata para atingir a meta de inflação. Esse posicionamento tende a sustentar a demanda pelo euro, pois permite que os defensores de uma política monetária mais rigorosa mantenham influência e continuem resistindo a novos cortes de juros.

No que diz respeito à inflação, os oficiais sinalizaram disposição para tolerar temporariamente leituras abaixo do esperado. A membro do Conselho Executivo, Isabel Schnabel, afirmou que desvios modestos não são motivo de grande preocupação. Lagarde acrescentou que, no curto prazo, a inflação deve recuar ainda mais, sobretudo porque os aumentos anteriores dos preços de energia deixarão de pesar nas comparações anuais; posteriormente, a tendência seria de retorno gradual à meta.

Como já mencionado, o euro praticamente não reagiu a esse conjunto de notícias na sessão anterior.

Do ponto de vista técnico, no EUR/USD, os compradores precisam agora concentrar esforços em um rompimento consistente acima de 1,1730. Apenas esse movimento abriria espaço para um teste de 1,1750. A partir daí, um avanço até 1,1770 é possível, embora difícil sem o apoio de grandes participantes do mercado. O alvo mais distante permanece na máxima de 1,1805. Em caso de recuo, é esperado que compras mais relevantes surjam apenas na região de 1,1705. Se esse suporte não se confirmar, o cenário mais prudente seria aguardar um reteste de 1,1685 ou buscar posições compradas a partir de 1,1650.

Jakub Novak,
Analytical expert of InstaTrade
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